quinta-feira, 10 de junho de 2010

Angola




HISTORIA

Foi uma colônia portuguesa até 1975, ano em que o país ganhou sua independência. Durante a ocupação filipina de Portugal, os holandeses procuraram desapossar os portugueses desta região, ocupando Luanda e outros pontos estratégicos do litoral (Banguela, Santo António do Zaire, as barras do Bengo e do Cuanza). Em 1648, o luso-brasileiro Salvador Correia de Sá reuniu no Rio de Janeiro uma grande expedição, com uma frota de quinze navios e cerca de dois mil homens, que expulsou os holandeses para contentamento tanto dos portugueses como dos colonos do Brasil. No século XX Angola não conheceu a paz desde 1961 até 2002, primeiro em virtude da luta contra o domínio colonial português, depois como conseqüência da guerra civil que eclodiu em 1975 entre os principais partidos de Angola, os anteriores movimentos de libertação. O poder político manteve-se na posse do Movimento Popular de Libertação de Angola desde 1975, embora o partido da oposição União Nacional para a Independência Total de Angola(UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil.

Economia

economia de Angola caracterizava-se, até à década de 1970, por ser predominantemente agrícola, sendo o café sua principal cultura. Seguiam-se-lhecana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacavam-se o algodão, o tabaco e a borracha. A produção debatata, arroz, cacau e banana era relativamente importante. Os maiores rebanhos eram de gado bovino, caprino e suíno.
Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro; possui também jazidas de cobre, manganésio, fosfatos, sal, mica,chumbo, estanho, ouro, prata e platina. As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, no distrito de Lunda. Importantes jazidas de petróleoforam descobertas em 1966, ao largo de Cabinda, e mais tarde ao largo da costa até Luanda, tornando Angola num dos importantes países produtores de petróleo, com um desenvolvimento econômico possibilitado e dominado por esta atividade. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio perto da fronteira com a Namíbia.
As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas, cereais, carnes, algodão e tabaco. Merece destaque, também, a produção deaçúcar, cerveja, cimento e madeira, além do refino de petróleo. Entre as indústrias destacam-se as de pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço. O parque fabril é alimentado por cinco usinas hidroeléctricas, que dispõem de um potencial energético superior ao consumo.
O sistema ferroviário de Angola compõe-se de cinco linhas que ligam o litoral ao interior. A mais importante delas é a estrada de ferro de Benguela, que faz a conexão com as linhas de Catanga, na fronteira com o Zaire. A rede rodoviária, em sua maioria constituída de estradas de segunda classe, liga as principais cidades. Os portos mais movimentados são os de Luanda, Lobito, Benguela,Namibe e Cabinda. O aeroporto de Luanda é o centro de linhas aéreas que põem o país em contacto com outras cidades africanas, européias e americanas.

Infra-estrutura
Saúde:
A Saúde de Angola é classificada entre as piores do mundo. Angola está localizada na zona endêmica de febre amarela. A incidência de cólera é elevada. Apenas uma pequena fração da população recebe atenção médica ainda rudimentar. A partir de 2004, a relação dos médicos por população foi estimada em 7.7 por 100 mil pessoas. Em 2005, a expectativa de vida foi estimada em apenas 38.43 anos, uma das mais baixas do mundo. A mortalidade infantil em 2005 foi estimada em 187.49 por 1000 nascidos vivos, as mais altas do mundo. A incidência de tuberculose em 1999 foi 271 por 100000 pessoas. Taxas de imunização de crianças de uns anos de idade em 1999 foram estimadas em 22% de tétano, difteria e tosse convulsa e 46% para sarampo. Desnutrição afetado cerca de 53% das crianças abaixo de cinco anos de idade a partir de 1999. Desde 1975 e 1992, houve 300 mil mortes relacionadas com a guerra civil. A taxa global de morte foi estimada em 24 por 1000 em 2002. A prevalência de HIV/AIDS foi 3.90 por 100 adultos em 2003. A partir de 2004, havia aproximadamente 240000 pessoas que vivem com HIV/AIDS no país. Houve uma morte 21000 estimada de AIDS em 2003. Em 2000, 38% da população teve acesso à água potável e 44% tinham saneamento adequado.

Esporte

O governo angolano investirá US$ 500 milhões de kwanzas (cerca de US$ 6,67 milhões) nos programas de popularização de atividades esportivas, com a intenção de promover esportes de alta performance, noticiou segunda-feira a agência de notícias de Angola ANGOOP, citando o primeiro-ministro do país africano, Paulo Kassoma.
De acordo com o premiê, popularizar atividades esportivas pelo país é uma das prioridades do Plano Nacional e do Programa Executivo de Esportes para este ano. "O governo elaborou um plano estratégico para o desenvolvimento dos esportes, com ênfase em fornecer às 18 províncias do país instalações esportivas, como ginásios de uso múltiplo e campos para esportes recreativos, lazer e outras atividades de diversão".
Segundo Paulo Kassoma, centros de esporte de uso múltiplo, campos de futebol e quadras de basquete serão construídos nas escolas e o programa do governo ajudará a treinar 3,8 mil administradores, monitores, técnicos e treinadores especializados em vários esportes para todas as províncias.
Angola tem fortes seleções de basquete masculino e handebol feminino. A seleção masculina de basquete de Angola é considerada o melhor time na África e já ganhou oito dos nove títulos do Campeonato Africano de Basquete, criado em 1980. Por seu lado, a seleção feminina de handebol possui nove títulos do campeonato continental da modalidade.

Cultura
O continente africano é considerado como o berço da humanidade. O território do actual estado angolano, é habitado desde o Paleolítico Superior, como indica a presença dos numerosos vestígios desses povos recolectores dos quais se deve salientar a existência de numerosas pinturas rupestres que se espalham ao longo do território. Os seus descendentes, os povos Sam ou Khm, também conhecidos pela palavra bantu mukankala (escravo) foram empurrados pelos invasores posteriores, os bantu, para as areias do deserto do Namibe. Estes povos invasores, caçadores, provinham do norte, provavelmente da região onde hoje estão a Nigéria e Camarões. Em vagas sucessivas, os povos bantu começaram a alcançar alguma estabilização e a dominar novas técnicas como a metalurgia, a cerâmica e a agricultura, criando-se a partir de então as primeiras comunidades agrícolas. Esse processo de fixação vai até aos nossos dias, como é o caso do povo tchokwé ou quioco, que em pleno século XX se espalhou pelas terras do povo Ganguela.
A fase de estruturação dos grupos étnicos e a consequente formação de reinos, que teriam começado a ficar autónomos, decorreu sobretudo até ao século XIII. Por volta de 1400, surgiu o Reino do Congo. Mais tarde destacou-se deste, no sul, o Reino do Ndongo. O mais poderoso foi o Reino do Congo, assim chamado por causa do povo Congo que vivia, então como agora, nas duas margens do curso final do Rio Congo. O Mani Congo, ou rei congo, tinha autoridade sobre a maior parte do norte da moderna Angola, governando através de chefes menores responsáveis pelas províncias.
O Reino do Ndongo era habitado pela etnia Kimbundu, e o seu rei tinha o título de Ngola. Daí a origem do nome do país. Outros reinos menores também se formaram nesse período.tipo o reino da Kimbingonga em 1236.
Os reinos surgem da efetivação de um poder centralizado num chefe de linhagem (Mani, palavra de origem bantu) que ganhou o respeito da comunidade com seu prestígio e poder econômico. Os reinos começam a conquistar autonomia provavelmente a partir do século XII.
Dom João II, desde que subira ao trono, mostrara ardente e decido empenho em levar a cabo dois grandiosos projetos, cuja realização, glorificando o seu reinado, alongaria extraordinariamente os domínios portugueses além-mar: A continuação das descobertas inauguradas sob os auspícios do Infante Dom Henrique e o prosseguimento das conquistas empreendidas por Dom Afonso V.
Em 1482, um ano depois de assumir o governo, Dom João II mandou Diogo Cão, seu escudeiro, prosseguir a descoberta para o Sul da África. Neste propósito, Diogo Cão partiu de Lisboa com duas caravelas, no final de 1482, acompanhado do notável cosmógrafo Martim Beheim [?], autor do afamado globo de Nuremberg. Diogo Cão descobriu a foz do Zaire.
A presença dos portugueses tornou-se uma constante desde o final do século XV (1482). Diogo Cão, comandante das caravelas foi bem acolhido pelo governador local do reino do Congo que estabeleceu relações comerciais regulares com os colonizadores. Mas o reino de Ngola manteve-se hostil. Entre 1605 e 1641 ocorreram grandes campanhas militares dos colonizadores com o objetivo de conquistar as terras do interior e implantar o domínio político do território.
A dominação não foi tarefa fácil. Os chefes Ngola resistiram e, graças sobretudo á liderança da rainha Njinga Mbandi (1581? -1663), que tinha grande habilidade política, o poder foi mantido com o reino dos Ngola por mais algumas décadas.
Também os reinos de Matamba e Kassange mantiveram a sua independência até o século XIX.
Em 1617, Manuel Cerveira Pereira deslocou-se ao litoral sul, subjulgou os sobas (reis) dos povos Mudombe e Hanha e fundou o reino de Benguela, onde, tal como em Luanda, passou a funcionar uma pequena administração colonial. O tráfico de escravos passou a ser o grande negócio, interessando aos portugueses e africanos, mas provocou um esvaziamento da mão-de-obra do campo. A agricultura decaiu, causando grande instabilidade social e política. A estratégia adotada pela metrópole para a economia angolana baseava-se na exportação de matérias-primas produzidas na colônia, incluindo borracha e marfim, além dos impostos cobrados à população nativa. As disputas territoriais pelas terras africanas envolviam países econômica e militarmente mais fortes como a França, Inglaterra e Alemanha, o que constituía motivo de grande preocupação para Portugal que começou então a ver a urgência de um domínio mais eficaz do terreno conquistado. Por isso, reformou a sua política colonial no sentido de uma ocupação efetiva dos territórios. A partilha do continente viria a acontecer algum tempo mais tarde, na conferência de Berlim. Os territórios sob domínio português, Angola e Benguela, foram fundidos, recebendo estatuto de Província.
A partir da década de 1950 apareceram os primeiros movimentos nacionalistas que reivindicavam a independência de Angola. Houve conflitos armados nos quais se destacaram o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) fundado em 1956, a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) fundada em 1961 e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), fundada em 1966. Depois de longos confrontos, o país alcançou a independência em 11 de novembro de 1975.

Turismo
"Ah, se não fosse a guerra!" Esse pode ser o primeiro lamento do turista ao conhecer Angola, um país de riquezas naturais e ambientais deslumbrantes, mas martirizado por uma guerra que já dura mais de 25 anos, o que inibe em muito a exploração de seu potencial turístico.

Seus atrativos, somados, resultam na oferta de um grande pacote de sensações e experiências que podem enriquecer de forma marcante a memória turística daqueles que decidirem conhecer esse "país irmão", colonizado por nossos patrícios portugueses.

MINHA OPINIÃO

Bom após ter concluído o trabalho, acredito que o pais de Angola como boa parte da África é pobre. Isso ocorre por que o mundo olha com outros olhos para o continente Africano e também Angola.O pais tem um altos índices de mortalidade infantil, pode-se citar que o que mais ocasiona essas mortes é o vírus HIV. O pais tem altos índices de analfabetismo, os políticos não tem muito interesse em alfabetizar o povo angolano. Não esquecendo que é um país pouco estruturado economicamente. O que se pode fazer? Acredito eu que o governo criando programas de educação, conscientizando as pessoas sobre o vírus HIV, melhorando a condição de vida dos angolanos, criando uma infra-estrutura boa, melhorando o saneamento básico de boa qualidade, mais centros de atendimento médico,escolas e áreas de lazer,tudo isso poderá transformar Angola em um país melhor!
E VOCÊ NO QUE ACREDITA?

5 comentários:

  1. Andria, seu trabalho sobre a Angola é carregado de dados importantissimos, mas falta sua opinião, o que vc pensa sobre a expectativa de vida ser tão baixa na Angola, releia o texto e escreva sua opinião, ainda há tempo, está quase na média falta bem pouco, enriquessa com mais curiosidades.

    Bj. Izabel

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  2. OLA TD BEM? ME CHAMO FLORISVAL, E GOSTEI MUITO DESTA REPORTAGEM; EU VIVI DOIS ANOS EM ANGOLA (CAPITAL LUANDA) E FIQUEI COMOVIDO COM MUITAS COISAS QUE PRESENCIEI FOI A MAIOR LIÇAO DE VIDA QUE TIVE EM MINHA VIDA, E SINTO MUITA SAUDADES DE LA, POR QUE DEIXEI MUITOS AMIGOS BRASILEIROS E ANGOLANOS NAQUELE PAIS. E TENHO UM SENTIMENTO UM POUCO FRUSTRADO POR QUE GOSTARIA QUE O POVO ANGOLANO TIVESSE MELHORES CONDIÇOES DE VIDA, COISA QUE NAO ACONTECE POR LA, MAS, EU ACHO QUE ELES ESTAO NO CAMINHO CERTO ABOLINDO TOTALMENTE O ESPIRITO DE GUERRA,E, CAMINHANDO EM BUSCA DA DEMOCRACIA MESMO TENDO UM GOVERNO TOTALITARISTA.... EU ESPERO UM DIA VOLTAR A TER COM ELES, E PODER VER O PAIS EM MELHORES CONDIÇOES.. UM ABRAÇO..

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  3. É bom ver Angola a desenvolver-se e a crescer.
    Os meus pais regressaram a Portugal em 1975. Sonhavam com uma Angola independente multicultural e multiracial, mas tal naquela altura não foi possível. O meu pai era marinheiro e também era pescador, viu muita coisa, conheceu bem Angola. Hoje consola-se a ver a TPA, pois vê o país a desenvolver-se e a reconciliar-se.

    Angola é um grande país.

    Oxalá todos os países lusófonos saibam ser verdadeiramente irmãos. Temos todos a ganhar uns com os outros. Juntos podemos dar um exemplo de verdadeira fraternidade ao mundo.

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  4. AMEI ISSO CARA,SEU TRABLAHO É 10,É INCRIVEL VER COMO AS COISAS ESTÃO MUDANDO PRA ANGOLA!
    AMO A AFRICA!

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  5. Olá
    Eu sou angolano, e sempre vivi aqui na verdade já não somos um país pobre estamos em desenvolvimento, somos ricos em cultura e harmonia temos um único foco... crescer .

    Não é uma simples estatística que faz de um país rico....

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